Grupo Rocheto impulsiona setor de batatas no Brasil
No cenário agrícola brasileiro, o Grupo Rocheto se consolida como referência nacional na produção de batatas, operando a maior plantação do país. Com sede em Perdizes, no Triângulo Mineiro, a empresa cultiva cerca de 15 mil hectares de batata, além de atuar nos estados de São Paulo e Mato Grosso. A escolha estratégica por Minas Gerais, feita no final da década de 1980, teve como base o clima favorável da região, que proporciona uma temporada de plantio mais longa em relação a outras localidades.
Para garantir a sustentabilidade da produção, o grupo adota a rotação de culturas com soja, milho e feijão, mantendo a saúde do solo e aumentando a eficiência agrícola. Essa abordagem permitiu ao Grupo Rocheto expandir sua atuação para além do cultivo, entrando na indústria alimentícia com a fundação da Bem Brasil Alimentos em 2006.
A criação da Bem Brasil marcou uma virada no setor nacional de batatas congeladas, desafiando o domínio das multinacionais. Atualmente, cerca de 70% das batatas processadas pela empresa têm origem nas próprias fazendas do grupo, o que garante controle de qualidade em toda a cadeia produtiva — da lavoura ao produto embalado. A trajetória da família Rocheto, iniciada na década de 1940 com um pequeno cultivo, tornou-se exemplo de integração vertical e inovação no agronegócio brasileiro.
Produção de milho atinge novo patamar com safra recorde
Enquanto o setor de batatas se destaca pela organização e expansão industrial, a produção de milho no Brasil também segue em ritmo acelerado. A consultoria AgRural revisou para cima a estimativa da safra 2024/25, prevendo uma produção total de 130,6 milhões de toneladas, acima dos 128,5 milhões estimados anteriormente.
O principal fator para essa alta é o desempenho da segunda safra, ou “safrinha”, que agora deve alcançar o recorde de 103,4 milhões de toneladas. Essa safra representa cerca de 80% da produção nacional de milho e é plantada após a colheita da soja, sendo voltada principalmente para exportação, especialmente na segunda metade do ano, quando o Brasil compete diretamente com os Estados Unidos no mercado internacional.
Desafios climáticos e ritmo da colheita
Apesar da projeção otimista, o ritmo da colheita ainda está abaixo do esperado. Até a última quinta-feira, apenas 18% da área plantada na região centro-sul havia sido colhida, número bem inferior aos 49% registrados no mesmo período do ano passado. O atraso é consequência de geadas e chuvas recentes que dificultaram os trabalhos de campo e levantaram preocupações sobre a produtividade e a qualidade dos grãos.
O Mato Grosso lidera a colheita, seguido pelo Paraná, embora o norte paranaense tenha sido fortemente afetado pelas geadas. Perdas menores também foram registradas no sul de Mato Grosso do Sul, no oeste do Paraná e no sul de São Paulo. Segundo a AgRural, os agricultores seguem avaliando os impactos do clima, mas as chuvas que se seguiram ao frio intenso dificultam esse processo. Uma nova previsão de safra será divulgada no próximo mês.
Sinergia entre setores e fortalecimento do agronegócio
A união entre práticas agrícolas sustentáveis, inovação industrial e adaptação às condições climáticas coloca o Brasil em posição de destaque no agronegócio mundial. Seja pela liderança do Grupo Rocheto na produção de batatas, ou pelo crescimento expressivo na produção de milho, o país demonstra capacidade de integrar tradição e modernidade para atender às demandas internas e externas do setor alimentício.